Tal como nos tecidos, também as malhas se dividem pelas três tendências Conscious Clarity, New Mythologies e Phantasmagoria, mas há mais distinções entre as propostas para os segmentos masculino e feminino.
Na primeira direção, que tem como base o minimalismo, as malhas para homem usam corantes naturais e fibras como lã merino e caxemira, com texturas orgânicas criadas com designs de cordas e pregas, com ribs e intarsias. As versões básicas ganham protagonismo, produzidas com misturas de fibras como caxemira, linho e algodão ecológico, com seda ou liocel, para opções em contacto com a pele. O foco está no fio, pelo que as estruturas devem ser simples e versáteis, em malhas simples ou duplas para usar em camisolas, polos e loungewear.
Na versão feminina, as cordas continuam a fazer parte das propostas, onde constam também o chamado colour-blocking, em malhas pensadas para criar peças contemporâneas e intemporais. As texturas com pelo, com aspeto confortável, serão preferidas para casacos mas também camisolas, vestidos e sweatshirts. Importantes são igualmente as malhas segunda-pele, femininas, criadas com têxteis inteligentes e com funcionalidades como antibacterianos, e as malhas com brilho, produzidas com alternativas mais sustentáveis à viscose e à poliamida, para toques macios.
Tradição e futurismo
As malhas de New Mythologies fazem-se, em parte, de acolchoados, que serão aplicados em partes de cima do guarda-roupa masculino, incluindo t-shirts e sweaters.
As malhas para homem incluem ainda camuflagens pré-futuristas, com acabamentos de superfície tipo fuligem, micro-retrações, ribs e jacquards interlock – onde os estampados digitais ou jacquards fotorrealistas deverão atrair os mais jovens –, riscas em cores outonais e malhas polares com pelo levantado.
Inovação e sustentabilidade
As qualidades digitais conduzem as malhas agregadas sob a tendência Phantasmagoria, nomeadamente nos jerseys estampados, mas também com recurso aos teares wholegarment, que permitem reduzir o desperdício. Os clássicos são subvertidos, com malhas que criam a ilusão de superfícies gastas e imperfeitas, seja com a introdução de “buracos” na construção ou com tingimentos ecológicos para o efeito.
«Desenvolva pontos inovadores que combinem fios mais macios ou penteados com nervuras em ribs e diagonais», sugere o WGSN, que aconselha ainda a utilização de matérias-primas como lã merino e caxemira em misturas com algodão com características ecológicas.
As malhas ganham ainda brilho, mas em versões ecológicas, como a proposta pela Tintex, que usa um revestimento à base de água, rastreável e sem formaldeído.